Ah, doce astro que insistes
em iluminar-me ao amanhecer.
Eu, estrela, tão brilhante a ti,
já não passo de ponto a mais no céu.
E quanto ele é vasto!
Fez-nos parecermos perto,
agora, distantes e separados.
Uma estrela que foi amar o sol...
Ou ambos intensificavam sua luz,
ou a menor seria ofuscada.
Teus olhares de raio, intensos e suaves,
rutilavam em mim luzes, cores,
e em ti, mais sorrisos e brilho.
Seguíamos dançando pelo infinito,
até que em uma volta fui lançada
e perdi-me do teu olhar.
Tu procurastes, procurastes,
nada vistes a brilhar.
Tentei luzir com toda força que tive,
mas estavas longe demais para notar.
E como um girassol passo a te olhar,
Esperando irradiar suficiente
para termos um só brilho, um eterno
refletidos em nós pela Estrela da manhã.
(02/09/2011)