segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Inverno

Inverno


Rosas lindas e delicadas,

Cercam aquele escondido jardim.

Nas sincronizadas balançadas,

Despertaram uma lembrança em mim.


O inverno estava a chegar,

Logo seu encanto acabaria.

O rígido frio começava a ventar,

O jardim não mais existiria.


As pétalas perdiam seu fulgor,

Quando, aos poucos, se desprendiam.

Numa entrega na qual não há dor,

Faz parte dos novos ciclos que iniciam.


É necessário o tempo, tão temido,

Para iniciar uma etapa nova.

Para ir de encontro ao desconhecido

É preciso descansar, será outra prova.


Este descanso de mente e coração

Só existe em um único lugar.

Deixo em Ti meu romance e emoção,

Pois só quem os criou poderá cuidar.


Todo ser tem a sua essência,

A qual não morre mesmo no inverno.

Meu romantismo não terá ausência.

Por enquanto, será apenas mais ameno.

(--/--/2010)